Corinthians! A vaca sagrada do futebol nacional!

A frase que intitula esse post é do Presidente do internacional, Fernando Carvalho, em entrevista ao portal Uol.

"O Corinthians parece a vaca sagrada do futebol nacional, pois não se pode falar nada dele", disse Carvalho.

Presidente do Inter cutucou um vespeiro!

Hás tempos que reclamações sobre favorecimentos de arbitragem no meio do futebol rondam as páginas esportivas.

A mais famosa e recente acorreu em 2005, quando foi descoberto um esquema para compra de resultados durante o Campeonato brasileiro daquele ano, onde não é segredo nenhum que o principal favorecido, ao final do processo foi o Sport Club Corinthians.

O caso teve repercussão internacional e acabou com a expulsão do árbitro Edílson Pereira de Carvalho do quadro de apitadores no Brasil.

A remarcação de 11 partidas, apitadas pelo então árbitro possibilitou ao Corinthians disputar novamente partidas onde ele havia sido derrotado, favorecendo sem dúvida alguma essa agremiação. Mesmo após esse escândalo, a final do campeonato ainda foi marcada por um “erro” grotesco de outro apitador, o então árbitro Fifa, Márcio Rezende, que não apontou um pênalti claríssimo sobre o apoiador Tinga do internacional, que “provavelmente” seria convertido, dando à vitória ao time gaúcho e o titulo nacional daquele ano.

Polêmicas passadas à parte, o DVD, produzido e apresentado pelo Internacional, contém, sem dúvida, erros de arbitragem que favorecem o Corinthians nessa Copa do Brasil.

Mas não quero discutir os erros, pois acredito que contra imagens não há argumentos.




Quero falar sobre a repercussão que o episódio está gerando.

Parece que falar “mal” do Corinthians é algum tipo de blasfêmia, para os meios de comunicação desse país, mais um dos motivos pelos quais estou adorando a febre “blogs” estar tomando conta do Brasil e servindo sim, como instrumento de opinião, debate, e informação, para que não quer estar alienado, e ter apenas disponível aquilo que as grandes mídias noticiam.

Bom, não é segredo para ninguém que:

- para a imprensa de um modo geral é diferente tocar nos temas do Alvinegro.
- os assuntos corintianos, tanto para o bem quanto para o mal, tomam dimensões maiores.
- é a equipe com maior mercado no Estado mais rico da nação.
- é a que dá mais audiência e aumentam o interesse de bons patrocinadores para quem faz transmissões televisivas.
- vende mais jornais e, se não passar na tv, aumenta o número de ouvintes no rádio.

Em suma, para aqueles que trabalham em empresas de comunicações ou grandes grupos de mídia, que precisam contar com resultados financeiros, bons patrocinadores, que só podem chegar com níveis altos de audiência sabe que falar “mal” de um de seus principais “acionistas” e maior gerador de “audiência” e conseqüentemente de lucros, é o mesmo que xingar seu patrão e achar que tudo vai ficar numa boa. É muito arriscado. O prejuízo pode ser grande.

Ainda assim acredito que isso não deveria se preocupação de jornalista e muito menos de comentaristas, que em suma, deveriam ser imparciais e relatarem em cima de fatos, como exigem seus cargos.

Mas, como não sou jornalista, alias, posso até me tornar um, até porque não preciso mais do diploma mesmo, sou blogueiro e tenho opinião própria, e tenho a nítida impressão que o futebol já não é mais decidido apenas dentro do campo, pois muitos outros interesses estão por trás de uma transmissão televisiva ou por qualquer outro meio de comunicação.

É correto dizer que existem partidas de futebol, pois esse é o assunto, que são mais “interessantes” comercialmente que outras, partidas que envolvem determinadas equipes tem um apelo comercial maior. Até aí nada de errado. Mas quando eu percebo que posso “mexer alguns pauzinhos” para que certas partidas de tamanho apelo comercial ocorram com maior freqüência, para ter uma audiência maior, vender mais jornais, etc, e estou manipulando não apenas números, mas sentimentos, paixões e o que resta ainda de ingenuidade do torcedor de futebol.

A modernização do futebol é urgente, tanto quanto aconteceram com outras modalidades, os usos da tecnologia para inibir “erros” humanos é muito bem-vinda e de forma alguma vai tirar a magia desse esporte tão popular. Pelo contrario, vai trazer de volta a real sensação de que, em campo tudo é decidido realmente dentro das famosas 4 linhas, apenas e tão somente ali.

O árbitro de uma partida de futebol tem nas mãos, mais que um apito, tem investimentos, altos por sinal, tem o sentimento de milhões de pessoas, que não estão nem um pouco preocupadas se ele é humano e que é passível de erros.

Quando tenho dificuldade em realizar uma tarefa difícil, tenho que ser humilde o bastante para reconhecer que preciso de ajuda, que seria eletrônica para esse caso, ou mais árbitros durante as partidas, mas os senhores do apito estão longe desse sentimento, sentem-se “deuses” a passear pelos gramados, onde erros acontecem, sempre, e punições, isso sim é algo que ainda teremos que viver muito para ver.

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